Cerca de 83 milhões de brasileiros que têm direito ao benefício começam a receber o esperado 13º salário. A primeira parcela foi paga na última quinta-feira (30), e o restante do valor deve ser pago aos trabalhadores de carteira assinada até o dia 20 de dezembro. Segundo dados do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), o benefício vai injetar em torno de R$ 200 bilhões na economia brasileira.
A chegada do 13º é um alívio para o bolso dos brasileiros após um ano de muitos aumentos nos preços de produtos e serviços, mas é preciso ter cuidado para definir para onde vai esse dinheiro. “A prioridade deve ser colocar as contas em dia e pagar as dívidas que podem ter se acumulado ao longo do ano”, orienta Roberto Ferreira, professor de Economia do Centro Universitário dos Guararapes. O pagamento de dívidas que possuem juros mais elevados como cartão de crédito e cheque especial devem vir em primeiro lugar, para evitar que se tornem problemas ainda maiores no futuro.
Em seguida, segundo o economista, a atenção do consumidor deve se voltar para o pagamento de despesas fixas que estejam em atraso. “São coisas como conta de água, energia, aluguel e parcelas de financiamento”, afirma Roberto Ferreira. “É importante não deixar atrasar essas contas para evitar ter o fornecimento dos serviços cortados ou os bens tomados.”
Para quem conseguiu terminar 2017 sem dívidas, a recomendação é guardar boa parte do 13º salário para usar no ano que vem. “O consumidor pode fazer um fundo de emergências, ou então aproveitar que tem dinheiro sobrando para negociar abatimentos no pagamento e impostos ou caso queira comprar um bem de maior valor”, avalia o economista.
Fonte: Didi Galvão