Salgueiro: Ministério Público pede providências após análises constatarem contaminação na água consumida na cidade

06/11/2017 - Postado por Eugênio Menezes 1443

Muitos salgueirenses estão consumindo água contaminada pelas bactérias Coliformes totais e Escherichia Coli. Isso foi o que constatou o Sistema de Informação de Vigilância da Qualidade da Água para Consumo Humano (SISAGUA), no período de 1° de janeiro de 2017 a 02 de agosto de 2017. O mais grave é que foi constada contaminação em grupos populacionais de risco, como nas escolas Doutor Severino, Dom Malan e Antônio Vieira de Barros. Segundo o MPPE, foi comprovado que as bactérias também estão na água distribuída pela Compesa no Centro, Campinhos, Ipueira VI, Sítio Maniçoba, Sítio Cachoeira, Baixio Verde e Sítio Solta.

 

Para preservar a saúde dos moradores de Salgueiro, o Ministério Público de Pernambuco (MPPE) recomendou no dia 30 de outubro que a Agência Pernambucana de Vigilância Sanitária (Apevisa) realize o monitoramento sistemático da qualidade da água em locais que albergam grupos populacionais de risco e de grande circulação de pessoas, tais como escolas, hospitais, creches, postos de saúde e asilos, tendo em visto a ocorrência de surto nessa cidade. A Apevisa deve encaminhar relatórios de fiscalização à Promotoria.

 

Por sua vez, a VII Gerência Regional de Saúde (VII GERE) precisa realizar novas coletas na Saída de Tratamento (ETA) e/ou Solução Alternativa Coletiva de abastecimento que apresente resultado insatisfatório, além de adotar as medidas corretivas e realizar novas coletas em dias imediatamente sucessivos, até que obtenha resultados satisfatórios, encaminhando à Promotoria os laudos comprobatórios das análises e recoletas. A VII GERE precisará fiscalizar o cumprimento da Portaria 2.914/2011, remetendo mensalmente ao MPPE relatório das análises laboratoriais procedidas nas coletas de água de carros-pipa.

 

O MPPE lembra que foram registrados em Salgueiro dois surtos de doenças transmitidas por água, no período de janeiro a setembro de 2016, que atingiu 396 pessoas. Como a água ainda está contaminada nas zonas urbana e rural, há possibilidade de novos surtos acontecerem no município.(Por Chico Gomes)

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